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13 setembro 2018

Software Para Ajudar a Organizar Componentes Eletrônicos - Component Organizer [Dica!]

Neste texto, trago uma dica de software para auxiliar na organização e listagem de componentes eletrônicos para bancada/oficina.


Se você trabalha com eletrônica, projetos ou até mesmo tem a eletrônica como hobby, já deve ter percebido que armazenar e organizar nossos componentes nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, estive pesquisando na internet por formas simples de organizar nossos componentes em uma espécie de estoque.

Motivação

Pode parecer "perfumaria" ter um software para ajudar a organizar componentes eletrônicos, mas posso garantir para você leitor que, está dando seus primeiros passos com experiências eletrônicas, que o software irá ajudar-lhe a poupar tempo na busca por determinados componentes para seus projetos. Principalmente, quando você perceber que a quantidade de componentes em seu estoque particular começar a crescer.

O Software Component Organizer

O software que indico é o Component Organizer. Ele está há bastante tempo sem atualizações e por isso pode ser que em algumas versões do Windows não funcione muito bem (estou testando no Windows 7, 32 bits). A segunda vantagem é que o software é open source. E você poderá implementar inovações e ajudar a corrigir bugs.

O software inicialmente foi desenvolvido por Mario Ribeiro, e o download pode ser feito no site do próprio autor. Segundo ele, o software funciona em Windows, Linux e Mac OS.

A janela do software pode ser vista na Figura 1.
Figura 1 - Captura de imagem da área de trabalho do software.
Na Figura 1 podemos perceber a simplicidade da interface de usuário, sem nenhum outro recurso que possa trazer distração ou outro importuno no seu uso. E isso foi o que me chamou mais a atenção para este software. Visto que eu buscava principalmente simplicidade, pois não preciso de algo complexo e cheio de recursos.

Além disso, na Figura 1 temos um pequeno exemplo de como pode ser organizado os componentes, neste caso para um resistor de 1/4 W.

Não vou entrar em muitos detalhes, pois o uso do software por si só é bastante intuitivo, e mesmo para aqueles que não entendem de inglês, o Google Tradutor pode ajudar muito.

Sei que existem inúmeros softwares que se propõe a ajudar no controle de estoque. Softwares estes, com muitos outros recursos e que apresentam uma interface muio mais completa que o Component Organizer. Mas porém, visando uma interface simples, para um usuário doméstico do tipo hobby ou pequenos projetos, acredito que este software será muito útil e interessante.

Considerações Finais

Esta é a dica de software que apresento à vocês leitores do blog, espero que gostem e se divirtam e que o programa possa ajudá-lo a melhor organizar seu estoque de componentes.

Caso tenha dúvidas, ou conheça um outro software com mais recursos e que seja interessante, deixe seu comentário para avaliarmos.

O endereço da página do autor, com opção de download do software é:


Obrigado pela companhia e até a próxima dica!
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03 maio 2018

Valor Médio, Eficaz ou RMS, O Que Significam e Como Calcular

Hoje o assunto envolve mais de matemática do que o usual que é apresentado aqui no blog, porém, sem a matemática o mundo moderno seria muito diferente.


Com os teoremas e formulações matemáticas é possível interpretarmos muitos fenômenos físicos que nos rodeiam. E se tratando de engenharia e eletrônica a matemática não pode ficar de fora.

Quando se começa os estudos de circuitos elétricos utiliza-se muito o sinal contínuo para analisar e estudar os teoremas, para que depois de dominarmos as técnicas de análise de circuitos passemos para fontes alternadas, geralmente senoidais.

Com esta mudança da forma de onda, começam a surgir novos nomes, tensão e corrente média, tensão e corrente eficaz ou RMS (root mean square - raiz quadrática média). E a partir do momento em que se inicia os estudos em eletrônica, esses nomes começam a nos acompanhar por toda a vida. Pretendo com este texto apresentar o que eles significam basicamente, e alguns exemplos de cálculos básicos.

Valor Médio (Average)

O nome é bastante sugestivo, calcular o valor médio de um sinal qualquer quer dizer obter a média desse sinal ao longo de um período. Nossas variáveis de interesse em muitos dos casos são corrente e tensão, isso significa que a tensão ou corrente média é a média do sinal ao longo do tempo, ou melhor, em um período. 

O valor médio pode ser entendido como a componente CC que compõe o sinal, ou seja, o equivalente a um sinal continuo. Utilizando uma formulação matemática o valor médio de uma tensão, por exemplo, é calculado analiticamente por integração como:
$$\begin{equation}{ V }_{ MED } = \frac { 1 }{ T }\int _{ 0 }^{ T }{ v(t)dt }\end{equation}$$
Note que, o valor médio é a área sob a curva dada pelo sinal. A Figura 1 aborda a relação entre um sinal alternado e o valor médio deste sinal.
Figura 1 - Relação gráfica do valor médio de um sinal senoidal ao longo de um período de tempo T.
Podemos notar da Figura 1 que a área sob a curva do sinal senoidal nos dá o valor médio, que é o equivalente a um sinal CC.

A título de exemplo, vamos calcular o valor médio de um sinal senoidal com simetria no eixo da abscissa (eixo x). Este sinal tem a forma da tensão alternada encontrada nas nossas residências (tipicamente de 127 V ou 220 V). Assim, o sinal alternado da Figura 2 possui valor máximo de $V_{MAX}$. Como o sinal é senoidal e variante no tempo, ele pode ser representado por uma função seno como: $v(t) = { V }_{ MAX }\sin { \omega t }$.
Figura 2 - Sinal senoidal com período de $2\pi$ e valor máximo $V_{MAX}$.
Cabe destacar que o sinal da Figura 2 tem período igual a $2\pi$ rad. Utilizando a equação (1) para calcular o valor médio, tem-se os seguintes passos.
$$\begin{equation}{ V }_{ MED }=\frac { 1 }{ 2\pi  } \int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ { V }_{ MAX }\sin { \left( \omega t \right)  }  } d\omega t\end{equation}$$
Como $V_{MAX}$ é constante, ele sai da integração. Logo temos,
$$\begin{equation}{V }_{ MED }=\frac { { V }_{ MAX } }{ 2\pi  } \int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ \sin { \left( \omega t \right)  }  } d\omega t\end{equation}$$
A integral da função $\sin { \omega t }$ é $-\cos { \omega t }$. Que pode ser verificado facilmente em uma tabela de integração. Assim, a equação (3) se torna:
$$\begin{equation}{ V }_{ MED }=\frac { { V }_{ MAX } }{ 2\pi  } { \left[ -\cos { \left( \omega t \right)  }  \right]  }_{ 0 }^{ 2\pi  }\end{equation}$$
$$\begin{equation}{ V }_{ MED }=\frac { { V }_{ MAX } }{ 2\pi  } \left[ -1+1 \right] \rightarrow { V }_{ MED }=\frac { { V }_{ MAX } }{ 2\pi  } \left[ 0 \right] \rightarrow { V }_{ MED }= 0\end{equation}$$
Assim, podemos verificar que o valor médio de um sinal senoidal alternado com simetria no eixo x, é zero. Este é apenas um exemplo de aplicação da equação (1).

Valor Eficaz ou RMS

O valor eficaz de um sinal (também denominado RMS) está relacionado com a potência em corrente continua. Ou seja, o valor eficaz é a medida ou a quantidade do sinal alternado que dissiparia a mesma potência em uma resistência alimentada por um sinal continuo (confuso não é mesmo?). Para tentar convencê-los vamos fazer uma demonstração.

Considere que uma resistência $R$ seja conectada a uma fonte de sinal continuo $V$, logo, pela lei de Ohm, circulará uma corrente $I$ no circuito. A potência que será consumida pode ser calculada por:
$$\begin{equation}P = V\times I=\frac { { V }^{ 2 } }{ R } ={ I }^{ 2 }\times R\end{equation}$$
Agora considere que a mesma resistência $R$, com as mesmas características elétricas, seja alimentada por um sinal alternado $v(t)$. Circulará pela malha uma corrente $i(t)$ também alternada. Como a tensão e a corrente são funções no domínio do tempo, a potência consumida pode ser determinada por:
$$\begin{equation}p(t)=v(t)\times i(t)=\frac { { v(t) }^{ 2 } }{ R } ={ i(t) }^{ 2 }\times R\end{equation}$$
Se tomarmos a potência média consumida ao longo de um período $T$, a equação (7) pode ser reescrita como:
$$\begin{equation}{ P }_{ MED }=\frac { 1 }{ T } \int _{ 0 }^{ T }{ \frac { { v(t) }^{ 2 } }{ R } dt }\end{equation}$$
O circuito elétrico que representa as duas situações acima descritas pode ser visualizado na Figura 3 a seguir.
Figura 3 - Equivalente entre um circuito CC e um CA para determinação do valor eficaz.
Note que, o circuito elétrico representa os dois casos. Continuando, se igualarmos as potências (esta é a nossa premissa), ou seja, igualar as equações (6) e (8), temos que:
$$\begin{equation}\frac { { V }^{ 2 } }{ R } = \frac { 1 }{ T } \int_{ 0 }^{ T }{ \frac { { v(t) }^{ 2 } }{ R } dt } \end{equation}$$
Simplificando e isolando a variável de interesse $V$, tem-se:
$$\begin{equation}V = \sqrt { \frac { 1 }{ T } \int _{ 0 }^{ T }{ { v(t) }^{ 2 }dt }  } \end{equation}$$
Assim, temos a tensão eficaz dada pela equação (10). Reescrevendo, temos:
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\sqrt { \frac { 1 }{ T } \int _{ 0 }^{ T }{ { v(t) }^{ 2 }dt }  }\end{equation}$$
Caso o sinal seja uma corrente, basta trocar as variáveis da equação anterior e realizar a integração normalmente.

A título de exemplo, vamos calcular o valor eficaz do sinal senoidal dado anteriormente, a equação da tensão no tempo é:
$$\begin{equation}v(t) = { V }_{ MAX }\sin { \omega t }\end{equation}$$
Sendo o período igual a $2\pi$ e utilizando a equação (11) para calcular o valor eficaz, temos:
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\sqrt { \frac { 1 }{ 2\pi  } \int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ { V }_{ MAX }^{ 2 } } \sin ^{ 2 }{ \left( \omega t \right) d\omega t }  }\end{equation}$$
Podemos manipular as constantes da integral, onde obtém-se:
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2\pi  }  } \sqrt { \int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ \sin ^{ 2 }{ \left( \omega t \right) d\omega t }  }  } \end{equation}$$
Lembrando das relações trigonométricas, podemos simplificar $\sin^{2}{\omega t}$ como:
$$\begin{equation}\sin ^{ 2 }{ \omega t } =\frac { 1-\cos { 2\omega t }  }{ 2 }\end{equation}$$
Assim, a integração pode ser resolvida mais facilmente,
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2\pi  }  } \sqrt { \int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ \frac { dt }{ 2 }  } -\int _{ 0 }^{ 2\pi  }{ \frac { \cos { \left( 2\omega t \right)  }  }{ 2 } dt }  }\end{equation}$$
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2\pi  }  } \sqrt { { \left[ \frac { t }{ 2 }  \right]  }_{ 0 }^{ 2\pi  }-{ \left[ \frac { \sin { 2\omega t }  }{ 4 }  \right]  }_{ 0 }^{ 2\pi  } } \rightarrow { V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2\pi  }  } \sqrt { \pi  } \rightarrow { V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2 }  }\end{equation}$$
Logo, verificamos que para um sinal senoidal com simetria na abscissa, o valor eficaz é dado por:
$$\begin{equation}{ V }_{ RMS }=\frac { { V }_{ MAX } }{ \sqrt { 2 }  }\end{equation}$$
A equação (18) é comumente encontrada nos livros. Este caso é apenas um exemplo de aplicação da equação (11).

Comentário Final

Este texto é apenas uma explanação do conceito por trás do valor médio e eficaz de sinais elétricos. É indispensável a consulta de livros textos e artigos sobre o assunto para um melhor entendimento.

Neste pequeno texto, busquei apresentar o conceito de valor médio e eficaz, com dois exemplos simples. Nos próximos textos, trarei o cálculo do valor médio e eficaz dos sinais mais comuns, e que são frequentemente aplicados nos circuitos eletrônicos em geral.

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Obrigado pela visita e até o próximo texto!

Referência Bibliográfica

[1]  Valor Médio e Eficaz - NAKASHIMA, Kasuo, Universidade Federal de Itajuba. 2013. 
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08 março 2018

Qual o Destino dos Eletroeletrônicos Inutilizados ou Ultrapassados?

Os dispositivos e aparelhos eletroeletrônicos estão presentes em nossas vidas há bastante tempo, desde os primeiros aparelhos de rádio aos mais sofisticados smartphones disponíveis no mercado atualmente. 


Porém, ao longo deste tempo a quantidade de lixo ou material eletrônico que vem sendo acumulado e descartado na natureza de forma incorreta também aumentou. 

E devido a este fato compartilho com vocês leitores do blog uma pequena reportagem feita pela TV Brasil datada de 26/08/2011 (não muito recente), para que tenhamos um momento de reflexão sobre o destino que esses materiais devem tomar.


Neste vídeo o repórter faz uma contextualização entre o processo de fabricação dos aparelhos e o seu destino final, e também apresenta soluções alternativas, como por exemplo, as pessoas que trabalham na reutilização e conserto dos computadores a fim de proporcionar o acesso de pessoas e jovens de baixa renda a computação. Dando um novo destino ao que antes seria lixo.

Trago este vídeo como reflexão, e como o Brasil é um país em desenvolvimento, é difícil para os governantes e empresas enxergarem um potencial no mercado de reciclagem e reuso do que para muitas pessoas é visto como lixo. Além disso, há vários outros problemas que necessitam de uma solução.

Espero que tenham gostado do vídeo e que tenha servido de reflexão, se quiser expor seu pensamento deixe um comentário que será de grande importância (não use palavras inapropriadas, pois os comentários são moderados).

Se puder nos ajudar curtindo ou compartilhando nossa página no Facebook, ficarei muito grato!

Obrigado por acompanhar meu blog e até o próximo!
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22 fevereiro 2018

Construindo Uma Caixa Metálica Para Abrigar Projetos [Reciclagem]

Olá pessoal, neste texto apresentarei o processo que utilizei para construir uma caixa metálica simples para armazenar nossos protótipos. 


Neste caso a caixa construída foi utilizada para armazenar uma fonte de alimentação que construí a bastante tempo, e precisava colocá-la em algum lugar para usá-la de forma mais eficiente.

O Desenho do Projeto

O primeiro passo é definir as dimensões da caixa. Com as dimensões definidas, cria-se um desenho representando a caixa. Não me atei a softwares de desenhos CAD, mas, sim a boa e velha folha de papel A4. O resultado dos meus esboços podem ser vistos nas Figuras 1 e 2 a seguir.

Figura 1 - Esboço da base da caixa.

Figura 2 - Esboço da capa e das abas da base da caixa.

Note das Figuras anteriores que as medidas estão todas dispostas ao longo do desenho, isso auxilia no momento de seguir para o corte do material. E admito, não me preocupei com a qualidade do desenho ou em seguir normas, é apenas um rascunho.

O Material Empregado

O segundo passo é definir o material que será utilizado para construir a caixa, madeira, plástico, papelão, metal, etc. Utilizei o chassi, ou melhor, a carcaça de uma máquina de lavar roupas que retirei sucatas. A Figura 3 e 4 apresenta a carcaça utilizada.

Figura 3 - Carcaça utilizada.

Figura 4 - Carcaça utilizada.

Definido o material, o próximo passo é marcar seguindo tudo que foi definido no desenho, e após isso cortar as partes formadoras da caixa.

Realizando a Montagem

A etapa agora é de marcação e corte das peças. No caso de utilizar metais, recomendo o uso de uma esmerilhadeira. Faça cortes lentos e precisos, isso garantirá um melhor acabamento.

Figura 5 - Chapa cortada e marcada para ser dobrada.

Após tudo cortado, precisamos dobrar para formar a caixa. Como não possuo uma dobradeira de chapas, improvisei uma. Utilizei duas cantoneiras e um torno de bancada. Prendi a chapa entre as cantoneiras e dobrei. A Figura 6 e 7 a seguir apresenta este processo.
Figura 6 - Dobrando a chapa no torno.

Figura 7 - Dobrando a chapa no torno.

Depois de dobrar todas as abas e marcações, o resultado da caixa pode ser visto nas Figuras a seguir.

Figura 8 - Caixa dobrada e quase finalizada.

Figura 9 - Caixa dobrada e quase finalizada.

Como a caixa será utilizada para abrigar a fonte de bancada, ela precisará de saídas de ar para esfriar os transistores. Devido a isso, fiz marcações de furos nas laterais.


Figura 10 - Lateral do tampo marcado para ser furado.

Com os pontos de ventilação feitos, o próximo passo é furar os encaixes dos conectores, potenciômetros e chave on/off.

A Figura 11 e 12 a seguir mostra a caixa com todas as furações pronta para pintura.

Figura 11 - Caixa com furação frontal pronta.

Figura 12 - Caixa com furação traseira finalizada.

Pintura e Acabamento da Caixa

O último passo na fabricação artesanal da caixa metálica é dar o acabamento. Esta etapa revelará a qualidade da empreitada que foi realizada para construir uma caixa metálica em casa.

Preferi por utilizar tinta spray branco, assim posso utilizar outras cores para as marcações. Como a caixa já é branca, simplesmente dei uma "apagada" na cor com lixa número 280, limpei e apliquei a tinta spray. O resultado pode ser visto nas imagens a seguir.


Figura 13 - Caixa finalizada pós pintura.

Figura 14 - Caixa finalizada pós pintura.

Figura 15 - Caixa finalizada pós pintura.

Figura 16 - Caixa finalizada pós pintura.

As fotos acima apresentam o resultado final de todo o processo de fabricação da caixa metálica.

A pintura com tinta spray deve ser feita aos poucos, sem pressa e com muita paciência em local sem vento.

Esse é o processo que utilizei na construção de minha primeira caixa metálica, espero que possa servir de motivação para muitos. Ajude nosso blog, curtindo nossa página no Facebook, compartilhando ou se inscrevendo em nosso canal no YouTube.

Obrigado por visitar o blog e até a próxima!
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28 dezembro 2017

A Importância da Simbologia nos Circuitos Eletroeletrônicos

No texto de hoje vou apresentar a simbologia utilizada para representar os circuitos eletroeletrônicos e comentar sobre sua importância. Deixo claro, que será uma abordagem rápida, semelhante a uma dica.


Assim como o alfabeto, as placas de sinalização de trânsito e tantas outras formas de codificar uma informação, é muito importante que se utilize de símbolos para representar os circuitos eletrônicos. A simbologia expressa de forma universal determinada coisa. É de extrema importância, porque qualquer pessoa com conhecimento sobre o assunto simbolizado, será capaz de interpretar o que está sendo realizado, por exemplo, em um circuito elétrico.

Diagrama Esquemático

O diagrama esquemático é um desenho padronizado em que se representa todos os dispositivos utilizados e as conexões que são realizadas entre esses dispositivos. No diagrama esquemático, os dispositivos são representados por símbolos padrões, por exemplo, um transistor é representado pelo símbolo da Figura 1.

Figura 1 - Símbolo padrão do transistor NPN e PNP.

Note que a Figura 1 apresenta o símbolo e um transistor físico, porém o transistor é um dispositivo que pode assumir diferentes formatos físicos. Se no diagrama esquemático fosse utilizado o desenho real do componente, isto se tornaria inviável, pois há uma gama imensa de transistores, por exemplo. Além disso, a falta de habilidade em desenho prejudicaria muito os diagramas.

Com isso, podemos perceber a importância da simbologia nos diagramas. Podemos assim levantar as vantagens de utilizar os símbolos.

➤ Menos tempo desenhando diagramas eletrônicos;
➤ Menor espaço ocupado no papel;
➤ Simplicidade em vista do desenho real do componente.

A título de exemplificar o conceito, a Figura 2 a seguir apresenta um diagrama esquemático.

Figura 2 - Diagrama esquemático de um indicador de carga de bateria.

Tendo em vista o conceito de diagrama esquemático, podemos seguir adiante e conhecer o diagrama chapeado.

Diagrama Chapeado

O diagrama chapeado representa a conexão dos dispositivos, estes são desenhados de forma muito similar ao formato físico do componente. Obviamente é a forma mais difícil de se representar os circuitos. A Figura 3 a seguir, apresenta um exemplo de diagrama chapeado.

Figura 3 - Diagrama chapeado de um circuito eletrônico dimmer.

Perceba o quão complexo pode ser representar os diferentes dispositivos existentes no mercado. Normalmente os diagramas chapeados vinham em revistas de eletrônica, voltada à um público iniciante. Não posso deixar de expressar que com todas as conexões representadas na Figura 3, a montagem com diagrama chapeado segue de forma muito simplificada e a probabilidade de erros é quase inexistente.

Diagrama em Blocos

O diagrama em blocos é uma forma de representar circuitos muito grandes, onde a quantidade de símbolos torna o processo de interpretação muito complexo. A divisão do circuito em blocos, auxilia muito a entender e identificar mais rapidamente componentes no esquema.

A Figura 4 a seguir, nos mostra um exemplo simples de um diagrama em blocos.

Figura 4 - Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação.

Perceba na Figura 4, que cada bloco omite uma grande circuitaria existente. Dessa forma, o respectivo circuito pode ser referenciado posteriormente. Sendo mais fácil sua compreensão.

Normas Técnicas

As normas técnicas visão facilitar a elaboração de projetos, é uma forma de padronizar e garantir que os métodos de projeto sejam empregados de forma correta. As normas no Brasil são elaboradas pela ABNT, que reuni membros afim de elaborar, melhorar e criar as normas para garantir qualidade nos produtos e serviços prestados à sociedade.

As principais normas técnicas envolvidas no projeto e elaboração de diagramas esquemáticos são:

➤ NBR - 5037: Símbolos Gráficos de Eletricidade - fusíveis, centelhadores e pára-raios;
➤ NBR - 5272: Símbolos Gráficos de Eletricidade - dispositivos de partida;
➤ NBR - 5274: Símbolos Gráficos de Eletricidade - contatos, chaves, interruptores, dispositivos de alarme e sinalização;
➤ NBR - 5446: Símbolos de Relacionamentos Usados na Confecção de Esquemas;
➤ NBR - 5259: Símbolos Gráficos de Eletricidade - instrumentos indicadores.


Outras normas podem ser de grande utilidade e servirem de embasamento para o desenvolvimento das normas brasileiras. O IEEE também elabora normas técnicas de cunho e são a base para muitos projetos elétricos e eletrônicos. O instituto possui forte influência e um enorme número de membros.

Procedimentos Básicos Para Elaboração de Diagramas Esquemáticos

Listarei algumas dicas muito básicas que são de extrema importância no desenho de esquemas.

Simbolizar as Conexões Elétricas

Esta dica pode parecer ridícula, mas é muito importante que num esquema elétrico fique muito claro onde existe uma conexão. Por isso, para ficar claro a existência de uma conexão, indica-se utilizar um ponto bem forte no local da mesma. A Figura 5 a seguir ilustra esse procedimento.

Figura 5 - Simbolizando uma conexão elétrica.
Note da Figura 5 que é inevitável perceber a existência da conexão no ponto indicado. Desta forma, a pessoa que for interpretar o esquema compreenderá muito bem que ali existe uma conexão. Apesar de ser uma dica simples, a não adoção dela, pode acarretar sérios e grandes erros, além de prejuízo na elaboração do produto final.

Evitar Cruzamento Desnecessários

A medida que a complexidade e o tamanho do diagrama elétrico aumenta, os cruzamentos das conexões se tornam inevitáveis. Por isso, adota-se fazer um gancho ao cruzar outras conexões para indicar que realmente existe o cruzamento. A Figura 6 apresenta essa dica.

Figura 6 - Simbolizando um cruzamento.

Note que é claramente perceptível que o cruzamento não está conectado. Porém, desenhar o gancho não é uma obrigatoriedade, ou seja, é apenas uma dica para um desenho mais fácil de interpretação.

Comumente não se encontra o gancho nos esquemas, o cruzamento é feito normalmente como na Figura 7.

Figura 7 - Cruzamento entre conexões normalmente encontrado em esquemas.

Para este caso, pode haver confusão pelo interpretador. Porém, nestes casos as conexões são indicadas com o ponto forte, assim o cruzamento dos fios podem ser percebidos e diferenciados das conexões.

Usar Ponto Comum ou Terra

O ponto comum ou de terra é um recurso que simplifica o desenho esquemático quando há muitas conexões com um mesmo ponto. Geralmente adota-se como ponto comum, o ponto de terra, ou seja, a referência de tensão do circuito. 

Em circuitos com alimentação simples, indica-se como terra o terminal negativo. Já em circuitos com alimentação simétrica o ponto de terra é o ponto comum do circuito.

É importante ressaltar que o terra/comum que estamos comentando tem função diferente do aterramento em circuitos elétricos. O aterramento é uma medida de proteção e segurança para as pessoas que utilizam de determinado equipamento elétrico.

A simbologia adotada para o ponto de terra/comum, é apresentada na Figura 8 a seguir.


Figura 8 - Símbolo de conexão terra/comum em circuitos elétricos.

A Figura 9 a seguir, ilustra o ponto de terra simplificando a conexão em um circuito.
Figura 9 - Circuito ilustrando a aplicação do ponto de terra.

Note que a utilização do ponto comum de terra diminui a quantidade de conexões, dessa forma, verifica-se facilmente que o terminal deve ser conectado ao ponto comum de terra.

Essas são as dicas que gostaria de passar ao leitores, e com isso percebe-se a importância dos símbolos e de seu correto uso na elaboração de projetos e desenhos esquemáticos.

Agradeço a sua visita em meu blog, espero ter ajudado de alguma forma. Peço, se puder curtir nossa página no Facebook ou compartilhar nosso blog com os amigos, ficarei muito grato.

Obrigado e até a próxima!

Bibliografia Consultada

  1. Simbologia e Diagramas de Circuitos Eletrônicos;
  2. Simbologia de Eletrônica;
  3. Símbolos Para Circuitos Elétricos.
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09 novembro 2017

Vídeos de Introdução ao KiCad [Dica!]

No texto de hoje quero compartilhar com vocês uma série de tutoriais que encontrei fazendo pesquisa no YouTube sobre o software de criação de esquemas e placas de circuito impresso KiCad.


Já escrevi apresentado o software aqui no blog como excelente ferramenta open-source para criação de projetos. Nos vídeos tutoriais que estarão logo a baixo podemos aprender ou adquirir em algumas horas muito entendimento sobre este software que vem sendo melhorado a cada nova versão.

Os vídeos não são de minha autoria e nem tenho nenhum vínculo com que os fez, mas tenho muita gratidão pelo conhecimento compartilhado. Feito pelo professor Marcelo Barros de Almeida, nos vídeos ele apresenta muitas funções do software que não encontrei até o momento em nenhum outro tutorial sobre o assunto.

A seguir você pode conferir os vídeos e no final do texto deixarei todos os links para os vídeos e o canal do autor.







Os vídeos tutoriais disponibilizados pelo professor são bastante completos e acredito que de grande utilidade à toda comunidade.

Espero que tenham gostado da dica de hoje, compartilhe com seus amigos e curta nossa página no Facebook, por lá você fica a par de todas as novidades do blog.

Obrigado pela visita e até a próxima dica!

Links:

Canal no YouTube do professor 

Vídeo 1

Vídeo 2

Vídeo 3

Site do KiCad
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